Dia 05 – Quarta (25/09)
Porto Alegre – Bom Jardim da
Serra: 412 km
Finalmente
ao sair do hotel vi o seu azul pela primeira vez desde que saí de Curitiba 5
dias atrás. Até essa manhã já havia rodado 1766 quilômetros, dos quais 1377
quilômetros debaixo de chuva, os outros com o céu muitíssimo nublado. Está aí o
motivo da minha alegria!!!!
Bom,
voltando aos passeios. Do hotel fui direto ao Gasômetro, uma antiga usina de
geração de energia, que mantém a sua arquitetura original e hoje é um museu. A
construção é interessante e a vista do rio Guaíba é muito bela, vale a visita.
Na sequencia fui ao parque Praia de Belas, que também tem uma bela vista do
Rio, além de muita área verde. Para fechar o city tour em Porto Alegre fui até
o Parque Moinho dos Ventos (o Parcão). Ele é bonito, mas bem pequeno. Até achei
que o GPS tinha me enviado para o endereço errado.
Pela
Freeway fui em direção a Osório e depois acessei a BR-101 em direção norte.
Parei ao meio dia em Torres, onde fui ao Morro do Farol, as praias, ao molhe e
almocei no centrinho. Enquanto fazia os passeios houve uma mudança, adivinha o
que aconteceu? Voltou chover. Nada perto do que havia pego nos dias anteriores.
Retornei para a BR-101 e fui até o acesso ao Morro da Fumaça, depois sob muita
chuva (para variar) passei por Urussanga, Orleans e Lauro Muller.
Felizmente
assim que comecei a subir a Serra do Rio do Rastro a chuva parou e até cedeu
espaço para alguns raios de sol, deixando o visual muito bonito. Subi sem
pressa, curtinho a estrada e a paisagem parando inúmeras vezes. Entre a “base”
e o “topo” da estrada a temperatura baixou de 18,8oC para 7oC.
Cheguei a cidade de Bom Jardim da Serra e me instalei na Pousada Santa Vitória.
A mais barata e a melhor da viagem – recomendo.
Tomei
um bom banho e fui para o meu tradicional city tour a pé. A cidade é bem
pequena e o seu centrinho é muito bonito, praticamente todas as casas são em
madeira e muito bem conservadas. Comprei algumas guloseimas e retornei para o
calorzinho da pousada para descansar.
Dia 06 – Quinta (26/09)
Bom Jardim da Serra -
Florianópolis: 400 km
Dormi
muitíssimo bem e acordei com todas as baterias recarregadas. Tomei o café da
manhã, que também foi o melhor da viagem, e fui colocar as coisas na moto e
lubrificar a corrente. Enquanto isso bati um papo com o dono da pousada, seu
Neto. Ele me contou que a sua pousada é ponto de parada de motociclistas de
todos os cantos do Brasil e do mundo e foi me mostrando com orgulho os adesivos
colados em uma parede da pousada (em especial um adesivo de um grupo que veio
do Canadá para o Brasil).
Quanto
ao clima, o céu estava de brigadeiro e a temperatura em 5oC. Segundo
o Neto a temperatura de madrugada chegou a -2,7oC. Coloquei minhas
roupas para frio e iniciei a viagem, melhor dizendo o passeio. Digo isso, pois
percorri 400 quilômetros em pouco mais de 10 horas com um número interminável
de paradas (que fique claro que todas elas por opção).
Além
das paradas na Serra do Rio do Rastro, parei também em:
- Laguna: Praia do Mar Grosso e Praia do Gi
- Imbituba: Praia da Vila, Praia do Porto, Praia da Ribanceira (avistei
baleias) e Praia do Rosa
- Garopaba: Praia da Ferrugem e Praia de Garopaba
- Palhoça: Guarda do Embaú, Praia de Baixo e Praia do Sonho.
Ao
chegar a Florianópolis fui direto a casa da minha irmã dar um oi. Acabou que
estendemos o papo e fui jantar com ela e meu cunhado. Por conta disso cheguei
ao apartamento dos meus pais somente as 22:00 horas. Só deu tempo de me
instalar, tomar um banho e cair na cama (com as baterias já zeradas).
Dia 07 – Sexta (27/09)
Florianópolis: 154 km
Saí
para passear nas praias do norte da ilha sem pressa alguma. Visitei /
fotografei as praias de Canasvieiras (onde estou instalado), do Jurerê, do
Forte, Ponta das Canas, Brava, Ingleses e Santinho. Fiz uma pausa para almoçar
com minha irmã e continuei com a visita pelas praias, passando por: Costa da
Lagoa, Barra da Lagoa, Mole, Joaquina, Lagoa da Conceição, Beira Mar Norte,
Santo Antônio de Lisboa e Cacupê. Como estava a passeio, na maior parte das
praias fiz longas paradas, onde caminhei pela praia ou fiquei sentado em algum
banco curtinho o visual.
No
final da tarde antes de me recolher, fiz a minha corridinha básica na praia de
Canasvieiras – já estava com saudades.
Dia 08 – Sábado (28/09)
Florianópolis: 95 km
Hoje
o dia amanheceu nublado e com promessa de chuva, mas não foi isso que me deteve
no apartamento, afinal mais um pouco de chuva depois de toda que peguei não ia
fazer mal algum. Fui direto ao Mercado Municipal, pois fazia muito tempo que
não o visitava. Deixei a moto no estacionamento em frente ao Mercado e fiz um
city tour a pé no centro histórico.
Após
o passeio cultural fui em direção ao Morro das Pedras, um dos lugares mais
belos de Florianópolis em minha opinião. Apesar do clima estar muito feio (inclusive
garoando) fiquei um bom tempo no mirante junto ao Retiro no topo do morro.
Desci o morro e parei no estacionamento ao pé do morro para ver as ondas
quebrando nas pedras (mar ainda em ressaca, estava bonito de ver).
Já
próximo a hora do almoço tomei o caminho de volta para Canasvieiras. Já no
centrinho do bairro abasteci a moto, lubrifiquei a corrente e estiquei-a.
Deixei a moto no apartamento e fui almoçar no centrinho (usando capa de chuva
para caminhadas). Como o dia estava preguiçoso retornei para o apartamento dar
uma cochilada.
A
noite minha irmã e meu cunhado passaram no apartamento para me pegar e fomos
jantar no restaurante Boka’s, onde pedimos uma meia porção de frutos do mar. É
um prato composto por fritas, arroz, risoto, salada e frutos do mar a milanesa
(camarão, isca de peixe, lula e marisco). Não se engane, meia porção é um prato
para 4 pessoas. Além de muito bem servido é uma delícia a um preço justo.
Sempre que vou a Florianópolis faço esse “esforço”.
Dia 09 – Domingo (29/09)
Florianópolis - Curitiba: 350
km
Diferente
das outras noites da viagem esta foi muito mal dormida, isso pois a ansiedade
para ver minha mulher estava grande. E assim as 7:30 saí de Florianópolis para
chegar a tempo de almoçar com meu amor. A estrada estava tranquila, com pouco
movimento, pista seca e temperatura agradável. Fiz somente duas paradas, uma
para esticar as pernas e outra para esvaziar a bexiga e desta forma cheguei em
casa exatas 4 horas após a partida.
Este
foi o final de uma viagem solo ao Litoral Gaúcho em que graças a Deus deu tudo
certo. Nem os quase 1500 quilômetros de chuva me atrapalharam. Passei por todos
(quase todos) os lugares que queria e eles não me decepcionaram. A beleza e
grandiosidade estavam de acordo com as minhas expectativas – valeu a pena, e
muito!!! Ao total foram rodados 3389 quilômetros.
Agora
vou curtir pequenas viagens de fim de semana e programar a próxima qrande
viagem, quem sabe ao litoral nordestino?